sexta-feira, 24 de maio de 2013

Reflexão sobre pertencer e ser parte de...

A partir do momento em que você decidir, ou for convidado, a entrar em qualquer clube de motocicletas, e aqui vale para MCs, MGs, Associações, ou qualquer outra denominação, um dos pré-requisitos é que você esteja alinhado à filosofia desta entidade. Portanto esteja atento a isso!



Em linhas gerais, esta terá valores que deverão ser respeitados por você.
 Mas algumas coisas serão comuns a qualquer uma: o prazer de pilotar uma motocicleta; a satisfação de conviver em grupo --- identificado pelo brasão do clube a qual você fará parte; e a honra de participar de uma outra família.

É preciso estar ciente de que a partir daquele momento algumas coisas mudam. A prioridade não é mais do indivíduo, mas do grupo a qual se faz parte. Não estou dizendo aqui que o grupo está acima do indivíduo, mas sim que a partir daquele momento alguns valores mudam de lugar: o que importará é que o grupo esteja junto, unido como se todos os integrantes fossem um só.

Não importa o lugar, o destino, o prazer agora é outro: é o de estar junto, de fazer parte de algo em conjunto, maior; de dividir valores e usar com orgulho aquele brasão. E isto deve bastar, já que laços fortes se formaram, na mesma medida em que as experiências e a convivência aumentarem.



Alguns destes laços acabarão sendo para toda a vida, e outros, ainda que não se queira, de vez em quando, irão se desfazer. Mas o importante é que duraram o tempo necessário para terem se tornado inesquecíveis. Tal qual como na vida, o que foi desfeito será preenchido por outro, sem que com isso substitua o anterior. Afinal, relacionamentos humanos são insubstituíveis, pois deixam marcas indeléveis por onde passam.

Mas de alguma forma isso garantirá a entidade a continuidade necessária para prevalecer, a partir do momento da criação de novos laços, ainda mais vigorosos, e de novo, enquanto durem.

Então quando você recebe um brasão(colete ou camiseta), recebe com ele a imensa responsabilidade de levar, toda a história daquele grupo. Leva a lembrança de cada integrante que pertenceu ou ainda pertence ao clube; leva o trabalho daqueles que lutaram para que a entidade, da qual você faz parte hoje, seja respeitada na comunidade. Leva um pouco da paisagem e da poeira da estrada que você e os integrantes já percorreram. Leva também a sua própria história de vida, lá no fundo dos alforjes. A família, a namorada, a noiva, a esposa, os filhos, os amigos (os inimigos também, como esquecê-los) e mesmo aqueles colegas de trabalho, distantes que mal falamos, ainda que não viajem ou mesmo curtam o motociclismo, entram conosco nessa grande aventura, porque sabem e vêem os seus passos e com quem você roda diariamente ou aos fins de semana.


Quando você pilota identificado, você leva uma tradição que vence o tempo.

Portanto quando chegar a sua hora, seja grato ao conquistar o direito de usar determinado brasão, pois certamente aquelas pessoas que estão lhe conferindo esta CONDECORAÇÃO, estarão lhe recebendo de braços abertos, e lhe dizendo naquele momento um sonoro:

Seja bem vindo a nossa família!

Você a partir daquele momento estará representando uma miríade de rostos, personalidades, e quiça, nações (caso a entidade escolhida seja internacional) .
 E o que pedem em retribuição? Apenas a sua lealdade; o seu comprometimento com a entidade que você representa; e que você use aquele brasão com muita honra e galhardia.

Acho que isso não é pedir muito. Ou é?

FONTE: Texto de Shark, do ISRA - International Star Riders Association.

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