20 anos após a morte de Ayrton Senna, a Ducati preparou uma moto especial em homenagem ao ídolo brasileiro. Em parceria com o Instituto Ayrton Senna, a empresa italiana de motos de luxo desenvolveu modelo adaptando ideias que o tricampeão de Fórmula 1 para o projeto da 916 Senna, feita em 1994, para a 1199 Panigale S Senna.
Naquele ano, antes do fatídico acidente em Ímola, Senna esteve na fábrica da Ducati em Borgo Panigale, na região de Bolonha, para desenvolver a série especial da 916, lançada apenas depois de sua morte. Apesar de o piloto nunca ter visto uma 1199 Panigale, as mesmas soluções utilizadas em 1994 foram transferidas ao novo projeto.
Surgiu então a 1199 Panigale S Senna, modelo que utiliza como base a versão S da principal esportiva da Ducati. Apenas 161 unidades serão produzidas, todas montadas em Manaus, e destinadas apenas ao mercado brasileiro. O número foi escolhido pois representa a quantidade de GPs disputados por Ayrton na Fórmula 1.
Vendida a R$ 100 mil, a Panigale Senna deve se tornar objeto de desejo de colecionadores, devido à exclusividade e importância do projeto. Entre suas peculiaridades, está a cor cinza das carenagens e as rodas vermelhas, exatamente como Senna pensou para a 916.
Vendida a R$ 100 mil, a Panigale Senna deve se tornar objeto de desejo de colecionadores, devido à exclusividade e importância do projeto. Entre suas peculiaridades, está a cor cinza das carenagens e as rodas vermelhas, exatamente como Senna pensou para a 916.
Componentes de fibra de carbono em diversos itens, como para-lamas, deixaram o conjunto ainda mais leve. Como detalhes específicos, também aparecem o escape especial feito pela Termignoni e uma mesa especial, a mesma da esportiva mais cara da empresa, a Superleggera, onde estarão inscritos o número de série da moto – de 1 a 161. Além dos detalhes especiais, o modelo já traz conjunto bem completo, com base no poderoso motor bicilíndrico de 195 cavalos.
A lista de siglas para os aparatos eletrônicos é imensa, indo de freios ABS, acelerador eletrônico, controle de tração e suspensão eletrônica.
A lista de siglas para os aparatos eletrônicos é imensa, indo de freios ABS, acelerador eletrônico, controle de tração e suspensão eletrônica.
Por se tratar de uma moto para colecionador, a Panigale Senna não possui rivais diretas, mas é possível apontar alguns modelos com conjuntos equivalentes. As também europeias BMW HP4, versão mais especial da S 1000 RR, e a MV Agusta F4 RR são exemplos, mas ambas possuem motores de quatro cilindros.
Fazendo o S do Senna
O local escolhido para a avaliação da Panigale Senna foi Interlagos, palco de corridas históricas de Ayrton Senna e onde ele conquistou seu primeiro GP de Fórmula 1 no Brasil. Com traçado também influenciado pelo tricampeão, a pista ofereceu a condição adequada para explorar o que a motocicleta tem de melhor.
Fazendo o S do Senna
O local escolhido para a avaliação da Panigale Senna foi Interlagos, palco de corridas históricas de Ayrton Senna e onde ele conquistou seu primeiro GP de Fórmula 1 no Brasil. Com traçado também influenciado pelo tricampeão, a pista ofereceu a condição adequada para explorar o que a motocicleta tem de melhor.
A Panigale Senna possui um conjunto extremamente compacto baseado no moderno chassi do tipo monocoque, feito de alumínio, que utiliza o motor como parte de sua estrutura. Aliado também ao motor de dois cilindros, a moto é pequena, porém não houve problema para se acomodar sobre o modelo.
Mesmo com um posicionamento bem agressivo, a Senna deixa o piloto (no caso, com 1,85 m) à vontade, e transfere um comportamento bem natural para uma pilotagem esportiva. A movimentação sobre o assento na hora de pendular – quando se joga o corpo para o lado de dentro da curva – é feita facilmente e as trocas de direção, como no S do Senna de Interlagos, são executadas sem grande esforço.
O que realmente impressiona no comportamento da Panigale Senna é o sistema de suspensão, com ajustes eletrônicos, que transmite ao piloto muita estabilidade e confiança para arriscar mais em curvas de alta velocidade.
Mesmo com um posicionamento bem agressivo, a Senna deixa o piloto (no caso, com 1,85 m) à vontade, e transfere um comportamento bem natural para uma pilotagem esportiva. A movimentação sobre o assento na hora de pendular – quando se joga o corpo para o lado de dentro da curva – é feita facilmente e as trocas de direção, como no S do Senna de Interlagos, são executadas sem grande esforço.
O que realmente impressiona no comportamento da Panigale Senna é o sistema de suspensão, com ajustes eletrônicos, que transmite ao piloto muita estabilidade e confiança para arriscar mais em curvas de alta velocidade.
A moto responde perfeitamente aos comandos, mantendo-se como se em um trilho, graças aos amortecedores Öhlins, que trazem ajustes eletrônicos.
Para as reduções de velocidade, os freios agem com firmeza e sem comprometer a estabilidade. Estão montados na Panigale dois discos de 300 mm com pinças monobloco montadas radialmente com 4 pistões, enquanto a roda traseira é servida por disco de 245 mm e 2 pistões.
Bicilíndrico mais potente do mundo
Apesar de os mais puristas poderem torcer o nariz para uma esportiva de motor com dois cilindros, é exatamente esta característica que faz a Panigale diferenciada. Enquanto a maioria das grandes "sport" faz uso de motores com quatro cilindros, o bicilíndrico em L de 1198 cc foi escolhido pela Ducati para equipar a 1199.
Apesar de os mais puristas poderem torcer o nariz para uma esportiva de motor com dois cilindros, é exatamente esta característica que faz a Panigale diferenciada. Enquanto a maioria das grandes "sport" faz uso de motores com quatro cilindros, o bicilíndrico em L de 1198 cc foi escolhido pela Ducati para equipar a 1199.
De acordo com a Ducati, o motor da Panigale rende 195 cavalos de potência, o que a torna o modelo produzido em série com motor de dois cilindros mais potente já feito. E a força despejada é realmente bruta. Porém, com um torque igualmente poderoso, de 13,46 kgfm, não é preciso rodar sempre com o giro tão alto, como ocorre com as tetra.
No entanto, a "patada" chega cedo e é preciso dosar com cuidado o giro do acelerador, pois a roda dianteira tende a levantar com facilidade. Como o modelo é extremamente leve para a categoria, com apenas 190,5 kg em ordem de marcha, seu peso-potência é de impressionantes menos de 1 kg por cavalo.
Para deixar o piloto mais à vontade e com maior segurança para domar este “touro”, os diversos controles eletrônicos são uma verdadeira dádiva, que possibilitam mesmo a pilotos menos experientes aproveitar o que a moto oferece.
Com a ajuda dos adventos eletrônicos, é possível evoluir a pilotagem aos poucos, já que existem diversos níveis de atividade de ABS e controle de tração, desde o mais intrusivo ao mais brando, deixando mais ações nas mãos do piloto.
Também é possível escolher modos de pilotagem que alteram o comportamento do motor, deixando mais linear ou contundente.
Acabamento impressiona
Como a maioria das motos italianas, a Ducati Senna possui um acabamento bem feito, mas vai além disso. Todo conjunto óptico e o painel digital mostram o esmero dado pela fabricante ao modelo. Em cada mínimo detalhe, a moto mostra um conjunto extremamente harmonioso, já visto na Panigale tradicional e ainda mais latente na Senna por suas cores e acabamentos especiais.
No entanto, a "patada" chega cedo e é preciso dosar com cuidado o giro do acelerador, pois a roda dianteira tende a levantar com facilidade. Como o modelo é extremamente leve para a categoria, com apenas 190,5 kg em ordem de marcha, seu peso-potência é de impressionantes menos de 1 kg por cavalo.
Para deixar o piloto mais à vontade e com maior segurança para domar este “touro”, os diversos controles eletrônicos são uma verdadeira dádiva, que possibilitam mesmo a pilotos menos experientes aproveitar o que a moto oferece.
Com a ajuda dos adventos eletrônicos, é possível evoluir a pilotagem aos poucos, já que existem diversos níveis de atividade de ABS e controle de tração, desde o mais intrusivo ao mais brando, deixando mais ações nas mãos do piloto.
Também é possível escolher modos de pilotagem que alteram o comportamento do motor, deixando mais linear ou contundente.
Acabamento impressiona
Como a maioria das motos italianas, a Ducati Senna possui um acabamento bem feito, mas vai além disso. Todo conjunto óptico e o painel digital mostram o esmero dado pela fabricante ao modelo. Em cada mínimo detalhe, a moto mostra um conjunto extremamente harmonioso, já visto na Panigale tradicional e ainda mais latente na Senna por suas cores e acabamentos especiais.
O detalhe da balança – peça que une a roda traseira ao chassi – do tipo monobraço, além de ajudar no comportamento, faz a moto ficar ainda mais bonita. Não é exagero dizer que a Panigale é uma das motos mais belas da atualidade, como foi a 916 em sua época, criada pelo lendário designer Massimo Tamburini, falecido este ano.
Por R$ 100 mil, apenas R$ 5.100 a mais que a Panigale S (R$ 94.900), é possível adquirir a versão Senna da moto. O valor não é acessível, mas, comparando com os modelos disponíveis no mercado e por se tratar de uma moto limitada, a Senna se torna atrativa.
A montagem da moto começa em julho, em Manaus, por meio de parceria com a Dafra. Apesar de o modelo ser exclusivo para o mercado brasileiro, a unidade 000 foi vendida em leilão beneficente ao ex-piloto de MotoGP Max Biaggi, que desembolsou 35 mil euros. Felipe Massa também tentou comprar a moto, mas não obteve êxito.
Além do preço elevado, o número restrito de unidades fará da Panigale Senna um sonho para poucos. Das 161 unidades, 105 pedidos já foram reservadas junto à Ducati, com previsão de entrega entre agosto e dezembro. Com um comportamento excelente e toda a ligação com Ayrton Senna, a moto deve se tornar uma relíquia, como ocorreu com a 916.
Por R$ 100 mil, apenas R$ 5.100 a mais que a Panigale S (R$ 94.900), é possível adquirir a versão Senna da moto. O valor não é acessível, mas, comparando com os modelos disponíveis no mercado e por se tratar de uma moto limitada, a Senna se torna atrativa.
A montagem da moto começa em julho, em Manaus, por meio de parceria com a Dafra. Apesar de o modelo ser exclusivo para o mercado brasileiro, a unidade 000 foi vendida em leilão beneficente ao ex-piloto de MotoGP Max Biaggi, que desembolsou 35 mil euros. Felipe Massa também tentou comprar a moto, mas não obteve êxito.
Além do preço elevado, o número restrito de unidades fará da Panigale Senna um sonho para poucos. Das 161 unidades, 105 pedidos já foram reservadas junto à Ducati, com previsão de entrega entre agosto e dezembro. Com um comportamento excelente e toda a ligação com Ayrton Senna, a moto deve se tornar uma relíquia, como ocorreu com a 916.
Fonte: http://g1.globo.com/carros/
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